sexta-feira, novembro 30

Roman Opalka

Cinza é preto e branco.
Cinza expressa a unidade entre movimento e cores.
Cinza exclui dualismos e faz com que o todo se manifeste.
Cinza é universal.
Carrega todas as cores e a imagem do espectro de cores em movimento.
Mas cinza é neutro: eu o preencho com o conteúdo da minha vida.
Cinza não é uma cor simbólica, tem se tornado pra mim a cor do movimento invisível.
Contra esse fundo cinza está minha vida: o oposto das cores frias e indiferentes.
É a cor do meu sacrifício pictórico, demonstrando o conceito que se desdobra, seu movimento e tempo.
Nos pólos opostos, nos limites extremos, do preto no primeiro quadro ao branco sobre branco existe o
“sfumato” da existência: cores podem se tornar mortalmente emocionais.

Roman Opalka, pintor francês de origem polonesa, nasceu em 1931

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